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sábado, 7 de outubro de 2017

Candiota realizou a II Conferência Intermunicipal de Igualdade Racial

       A prefeitura de Candiota, por meio da Secretaria de Assistência e Inclusão Social, com o apoio do Núcleo de Estudos afro-brasileiros e indígenas Oliveira Silveira, da Unipampa, campus Bagé, Codene/RS e municípios do Cideja, promoveu a II Conferência Intermunicipal de Igualdade Racial da região Campanha do Rio Grande do Sul, na quinta-feira, dia 28, no Centro de Eventos Municipal, localizado no bairro de Dario Lassance.

      O evento reuniu cerca de 70 delegados e delegadas, que debateram as políticas públicas de igualdade racial. Na ocasião, foram divulgadas propostas para os níveis municipal, regional, estadual e nacional, além da escolha dos representantes da região para participarem da etapa estadual da Conferência Nacional de Igualdade Racial.
Os painelistas do evento foram o Dr. Stênio Dias Pinto Rodrigues; Profa. Drª Sátira Machado, representando a reitoria da Unipampa, e a Coordenadoria de Ações Afirmativas (CAF); prof. Dr. Tiago Santos Silva, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas da Unipampa, campus Bagé; Gláucio Rodrigues, diretor do Sindisprev e pela comissão organizadora, professores César Jacinto, professor Roberto Ortiz e também a presença de Celso Procópio, do Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra/RS


(Codene).
      Durante a manhã, ocorreu a abertura oficial da atividade, com o prefeito Adriano dos Santos enfatizando seu compromisso com as propostas que seriam aprovadas na conferência. Foram abordadas as temáticas: reconhecimento, justiça e desenvolvimento. No início da tarde, foi aprovado o regimento interno da conferência e organização dos grupos de trabalho nos três eixos temáticos, elencando as propostas que foram aprovadas no grupo e, após, foram para plenária final. Tais pautas serão levadas para a conferência estadual em Porto Alegre, de 28 a 30 de novembro, dentre elas políticas para fortalecimento das comunidades quilombolas, a formação continuada de professores sobre história e cultura afro-brasileira e indígena, políticas específicas para saúde da população negra, dentre outras.
        A delegação da região foi escolhida e homologada ao final da conferência, sendo composta pelas seguintes delegadas e delegados: Luana Lucas Alves, Clarice Pereira Soares Rostand, Josilma Oliveira Rosa dos Santos, Tiago Rosa da Silva, Igor Nero Paz, Kimberly do Couto Paz, César Jacinto, Maria Regina Netto Rocha, Roberto Trajano Ferreira Dutra e Roberto Vieira Ortiz.

terça-feira, 6 de junho de 2017

I Fórum de NEABIS ( Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas) da Universidade Federal do Pampa foi um grande encontro de ideais e compartilhamento de experiências com intuito de fortalecimento da política afirmativa na universidade. O encontro ocorreu no dia 17 de maio no salão nobre da prefeitura municipal de Bagé. um especial destaque para as guerreiras, companheiras heróicas de Movimento Social Negro e  Sátira Machado, Elimara Gonçalves, Giane Escobar, ao guerreiro Paulo Silveira, a reitoria da Unipampa e a magnifica Luana Zambiazzi, destemida e atuante.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Madibe Vive!



Desaparece o Homem, fica o mito e o legado de um Herói, que nasceu no ano em que encerrou a 1ª Guerra Mundial, cresceu num mundo em conflito e deixa para o planeta uma lição de humanidade, sabedoria e destreza na negociação da liberdade do seu povo subjugado pelo regime do “Apartheid”. O menino Madiba se transformou na personalidade Nelson Mandela, homem culto formado em Letras e Direito, que ficou 27 anos como preso político por discordar e enfrentar o regime racista sul-africano. Pelo feito e pelos meios utilizados por Mandela para comandar a resistência do povo negro da África do Sul, unindo diversas etnias e pregando a não-cooperação e não-violência tornou-se ao lado de Ghandi, um ícone na luta pela liberdade em todos os tempos.
Mandela, durante sua vida, preservou valores que caracterizam muitas culturas do continente africano, a estrutura familiar, o respeito às tradições e a busca incessante da verdadeira liberdade.  Em 1994, Mandela tornou-se presidente do seu país e ao contrário do que o senso comum poderia prever, ele pregou a união de todo país, independente da origem étnica, cor da pele ou tribo, todos passaram a ter os mesmos direitos e serem cidadãos da África do Sul.
Outra característica desse líder ímpar refere-se ao desapego ao poder, enquanto pseudos líderes de todo mundo tentam se perpetuar em cargos mandatários, Mandela não quis a reeleição, que seria certa, passando a se dedicar-se à luta pelo combate à Aids e no pleno estabelecimento dos Direitos Humanos, principalmente no continente africano. Ele que foi prêmio Nobel da Paz fez sua última aparição pública na final da copa do mundo de futebol, em 2010.
Mandela já havia contribuído para mudar a história em seu país e influenciar líderes das maiores potências a buscarem sempre a diplomacia e o diálogo. O mundo não deve chorar a morte dele, e sim comemorar uma vida que foi dedicada à luta pela liberdade e por uma democracia que atendesse a todos sem nenhum tipo de distinção. “Nkosi sikelel”  (Deus abençõe a África) e ilumine a todos nós por um mundo mais justo e sem discriminação. Continuaremos a sua luta Madiba, baseados no respeito à dignidade humana, por isso, Madiba vive.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Prefeito de Candiota anuncia apoio incondicional às políticas afirmativas

Prefeito Folador anuncia compromisso com as políticas de igualdade racial no município de Candiota. O anúncio foi feito durante a realização da programação alusiva ao dia da consciência negra no último sábado, 23. na praça de Dário Lassance. Uma das medidas foi a criação de uma coordenadoria para tratar das políticas de equidade racial no município.A coordenadora  Daiane diz que buscará o diálogo com as estruturas administrativas para a implementação das políticas afirmativas.

Atividades pedagógicas e lúdicas assinalaram dia da Consciência Negra em Hulha Negra

O dia 20 de novembro foi assinalado com a realização de atividades pedagógicas e lúdicas no município de Hulha Negra no sul do Rio Grande do Sul. Numa realização da Secretaria Municipal de Educação e Cultura sob a coordenação do Prof. Jacinto, alunos das escolas do município Monteiro Lobato e Auta Gomes assistiram videos e contação de histórias e participaram de oficina de capoeira. O evento serviu também como atividade desencadeadora para o desenvolvimento de polítcas de promoção de igualdade racial e respeito as diferenças no município.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Sacerdotisa do candomblé Gegê afirma que os espaços sagrados tem diminuído e preconceito aumentado

          A Sacerdotisa Yakolecy do Candomblé Gegê Sawalu com mais de 30 anos de religiosidade, coloca que a construção de Hidrelétricas e desmatamentos são responsáveis pela diminuição de espaços para o culto Matriz africana,  isto porque  , seja qual for a nação, a  sua fundamentação e o seu sagrado está estritamente ligado à natureza.               
          Por outro lado segue a perseguição dos objetos de culto. Ela explica também que  as religiões de Matriz Africana tem seus terreiros abertos à todos, sem nenhum tipo de discriminação. ensinando que nos terreiros se aprende a respeitar a coletividade e diversidade.


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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O Pesquisador Amauri Pereira, Doutor em Ciências Sociais fala sobre racismo no País


               É simples, cada vez mais fragmentada  e consistente a argumentação sobre a existência de uma questão social no Brasil, ao contrário de uma historiografia e de uma teoria social as mais influentes do nosso país para quem não existe uma questão racial no Brasil. No máximo  para  grande maioria da intelectualidade brasileira o que existe é coisa do Negro.

              É Inegável que o problema é social, a dificuldade que o pensamento social encontra é exatamente destrinchar o que constitui este problema social,  em geral se associa este problema  como de classe social, ou seja pobreza x riqueza, mas cada vez mais no entanto fica evidente, que há outras questões que prejudicam a vida social e criam hierarquizações neste âmbito
, por isso é possível se afirmar que no Brasil outras marcas corporais não são fatores de preconceito e discriminação?  Isto já é senso comum no Brasil, por isso a cantora Dona Ivone Lara escreveu Sorriso Negro e este samba teve imenso sucesso, mas também no âmbito da intelectualidade, em geral vem se formando uma massa crítica a partir de estudos sociológicos e antropológicos, da ciência Política recheados de estatísticas e de refinadas teorizações e análises demonstrando que de fato marcas corporais estão diretamente ligadas a maiores ou menores oportunidades na vida social brasileira, “então a questão racial é um imenso problema social, é necessário então se avaliar o abismo de desigualdades sociais considerando-se um viés racial”, concluiu.

Cineasta Joel Zito Araújo participa da III Conapir em Brasília



         O Pós-doutor em cinema pela Universidade do Texas, Joel Zito Araújo participando da III Conferência Nacional de Promoção de Igualdade Racial (Conapir), em Brasília, numa rápida conversa falou sobre racismo no Brasil. Ele disse ficar honrado com a obra dele servir par auxiliar o enfrentamento a discriminação racial no País. Quando realizou os primeiros trabalhos não imaginava que seu trabalho pudesse ser utilizado como instrumento na causa contra o racismo no Brasil e no fortalecimento da identidade negra.

         O primeiro filme “Nossos Bravos”, que retratava a participação do negro na história da militância sindical no Brasil foi produzido em 1988. O segundo foi “Retrato em Preto e Branco”, curta metragem, de 1992. A partir daí, seu trabalho obteve uma enorme repercussão internacional começando então a fazer vários documentários de curta e média metragem, mas assinala que foi o longa metragem, “A Negação do Brasil: O negro na telenovela brasileira”, em 2001 que o tornou conhecido. Também produziu o "Vista Minha Pele".
        Para ele todos do movimento negro já tinham esta crítica e ficou demonstrado através de pesquisa rigorosa, que as queixas eram fundamentadas. Não houve questionamentos quanto a criação do trabalho, pelo rigor da pesquisa, ele acabou tendo num impacto muito grande na mídia. Na opinião dele nos últimos anos houve progresso, aumentando a o protagonismo do negro na telenovela brasileira e a representação, mas para ele os negros não são tratados como uma população que representa 52% da população brasileira. E finalizou: "Ainda me impressiona a persistência da crueldade do racismo no Brasil e especialmente o extermínio da juventude negra nas periferias".

César Jacinto
Sala de Imprensa

Centro de Convenções Brasil  21
06-11-2013

Presidente Dilma e Ministra Luiza Bairros abrem Conferência Nacional de Igualdade Racial


Em clima de festividade 1200 delegados e 200 convidados participaram na noite de terça-feira(05) da abertura oficial da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que acontece de 05 a 07 de novembro no auditório principal do Centro de Eventos Brasil 21 em Brasília. A abertura contou com a presença de doze ministros de Estado, destaque para Luiza Bairros, ministra da Igualdade Racial, que em seu pronunciamento destacou os avanços ocorridos nos últimos dez anos desde a implementação da SEPPIR ( Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), dentre eles Estatuto da Igualdade Racial, Plano de Atenção Integral a Saúde da População Negra, Política Afirmativas para o ingresso na universidade, ações para comunidades tradicionais, como ciganos, quilombolas, indígenas e religiosidade de Matriz Africana, assinou também protocolo para implementação de fomento á empreendedores negros com o SEBRAE.  Com presença marcante da presidenta Dilma, que anunciou uma série de medidas de combate a desigualdade racial ainda reinante no país, sendo a principal o projeto de Lei que destina reserva de 20% das vagas para negros nos concursos públicos do poder Executivo Federal, que será enviado para o Congresso Nacional, ela ainda ressaltou uma série de programas e medidas que tem funcionado como ação afirmativa na busca da diminuição da discriminação racial no Brasil.